Falando em criatura perdida e tal, cheguei a conclusão que ser minha carteira de motorista é um desfafio e tanto.
Começa que eu não uso bolsa: aquele plástico que se guarda a carteira de motorista é usado como bolsa. Nesse plástico, vai o cartão de crédito, um dinheirinho de emergência, mais uns 3 papéizinhos de anotaçoes, um post-it, cupum fiscal e se bobear, ainda tem uma chave dentro.
Então, além de ser um desafio manter esse plástico inteiro, é um desafio maior ainda manter ele dentro do bolso da calça! Sou campeã de revirar a casa, o escritório, o carro, ligar pra mãe, pra faxineira e pra quem esteve comigo pra perguntar se não viu a bendita por aí.
Essa semana, na terça, perdi a querida: fui pro centro, só olhando os carros da brigada, desviando dos azuizinhos. Liguei pra Deus e pro mundo. Queria assistir Alice, mas fiquei querendo: ir pra Porto sem carteira, já é demais. Felizmente, foi encontrada no final da noite.
Ontem, a querida foi obrigada a tomar um banho, junto com o dinheirinho e o cartão. As anotações foram pro lixo e o plástico... ai o plástico. A amadinha caiu na água, e o plástico teve que ser descartado.
E o querido plástico, companheiro de 7 anos, na pobreza e na riqueza, na saúde e na doença, nas horas boas e nas não tão boas, foi dessa para uma melhor. E vou sentir saudades.